Por Julio Feriato
É correto afirmar que desde seu surgimento nos anos noventa com bandas como Paradise Lost, The Gathering, Theatre of Tragedy, Tristania, e outras mais obscuras, o gothic/doom metal sofreu inúmeras alterações com o passar dos anos e hoje em dia é bem diferente do que já foi na sua forma original.
E porque todo esse discurso sobre esse tipo de música? Simplesmente porque o Semblant sempre foi taxado como uma banda de gothic metal desde sua estreia com o ótimo debut "Last Night of Mortality". Mas com a entrada da vocalista Mizuho Lin, o grupo explorou novas fronteiras e incluiu elementos de death e black metal em suas composições sem esquecer da essência primordial, que é fazer música obscura e pesada, mas ao mesmo tempo atmosférica e melódica.
É correto afirmar que desde seu surgimento nos anos noventa com bandas como Paradise Lost, The Gathering, Theatre of Tragedy, Tristania, e outras mais obscuras, o gothic/doom metal sofreu inúmeras alterações com o passar dos anos e hoje em dia é bem diferente do que já foi na sua forma original.
E porque todo esse discurso sobre esse tipo de música? Simplesmente porque o Semblant sempre foi taxado como uma banda de gothic metal desde sua estreia com o ótimo debut "Last Night of Mortality". Mas com a entrada da vocalista Mizuho Lin, o grupo explorou novas fronteiras e incluiu elementos de death e black metal em suas composições sem esquecer da essência primordial, que é fazer música obscura e pesada, mas ao mesmo tempo atmosférica e melódica.
Sol Perez (guitarra), Juliano Ribeiro (guitarra), Sergio Mazul (vocal), Mizuho Lin (vocal), J. Augusto (teclado), João Vitor (baixo), Thor Sikora (bateria)
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E se foi com essa mentalidade que a banda gravou "Lunar Manifesto", então podemos afirmar que a tarefa foi cumprida com muitos louvores; pois além da bela produção a cargo de Adair Daufembach, que timbrou os instrumentos de uma forma bem homogênea, afirmar que o Semblant é uma banda de gothic metal seria limitar sua música a um patamar muito abaixo do que é apresentado neste trabalho.
Um grande exemplo dessa musicalidade mais abrangente é a poderosa "Incinerate", faixa de abertura, uma das mais rápidas do disco e que possui algo do Cradle of Filth nas linhas mais melódicas. Destaque para o refrão grudento interpretado por Mizuho Lin e o belo solo de teclado bem "purplediano" no meio da música.
Outras que merecem destaque são "What Lies Ahead", onde o vocal cavernoso de Sergio Mazul entra em perfeito contraste com a bela voz de Lin, e que, novamente, se destaca pela bela interpretação e no refrão grudento. Aliás, refrães que ficam na cabeça é uma das características marcantes de "Lunar Manifesto". Basta ouvir músicas como "The Shrine", primeiro single do álbum; "Mists Over the Future", que possui um belo trampo de guitarras; "The Hand That Bleeds", uma das melhores performances de Mizuho Lin e que merece um videoclipe por causa de seu apelo mais comercial; e a pesadona "Ode To Rejection", onde desta vez o destaque fica para Sergio Mazul, que mostra toda sua versatilidade vocal (o cara consegue ir dos tons mais graves e carvernosos aos mais agudos e rasgados sem trauma algum).
Mas notem que destacar essas músicas não significa que as demais são menos importantes. No geral o álbum inteiro é muito bom e confesso que poucas obras atuais conseguiram fazer com que eu as ouvisse sem pular nenhuma faixa! Em suma, vá atrás, compre este cd e não se resuma em apenas baixar na Internet, pois trata-se de um trabalho que deve ser degustado em cada mínimo detalhe.
Nota: 10
Concordo com tudo. A banda está um ou dois níveis acima!
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