06 agosto 2019

BLOODSHOT DAWN: uma elegante mistura entre o prog e o death metal

James Stewart (bateria), Josh McMorran (guitarra/vocal), Morgan Reid (guitarra) e Giacomo Gastaldi (baixo)
Este terceiro álbum de BLOODSHOT DAWN pode ser considerado como um reboot completo após seu último trabalho, "Demons" (2014). Da arte de capa futurista-distópica a nomes de músicas como “Graviton Nightmare” e “Battle for the Omniverse”, tudo sobre esta obra gira em torno do tema “futurista”. 

Quando os primeiros acordes de "Seared Earth" entram em cena, esse sentimento é apenas reforçado. A produção (se você gosta dela seca, escavada e de transparência cristalina) é absolutamente surpreendente. Não estou brincando. É tudo muito nítido, enérgico e épico!


No geral, "Reanimation" é uma mistura elegante do technical death metal com prog metal. Claro que há tudo o que pode se esperar de uma banda de metal extremo: grunhidos em abundância, riffs técnicos cheios de groove vez ou outra e, muitos bast beats. Mas ao mesmo tempo tudo é recheado de melodias e climas atmosféricos de teclados, como em "Survival Evolved", "Seared Earth", "Shackled". Mas não permita que essas palavras o iludam e pense que não é um disco pesado, como você descobrirá nos momentos de death metal mais tradicionalmente melódicos, como “Controlled Conscious”.

Você pode esperar um álbum em que o violão hiper-complicado é tão importante para não dar a mínima para os vocais, mas esse não é o caso. Eles não se sentem como uma reflexão tardia no mínimo e a mistura disciplinada de grunhidos e gritinhos (certamente agora um item obrigatório no prog death metal?) é implantada de forma cativante.

Tenho lido várias resenhas gringas que lamentam o fato da banda ter se diastanciado da sonoridade apresentada em "Demons" (2014); mas de qualquer maneira o trabalho de composição em "Reanimation" é forte e por isso já o considero um dos melhores álbuns de death metal de 2018 (mesmo tendo conhecido a banda bem depois).

Portanto, se ainda não conhece a banda, vá atrás!