Apesar de ser um grupo alemão, o som de REVEL IN FLESH é muito inspirado pelo Death Metal escandinavo. O nome da banda, baseado em uma música do Entombed, mostra claramente onde estão suas raízes e também indica o que esperar deste "The Hour Of The Avenger", o quinto álbum de estúdio dos caras, lançado ano passado.
Desde o primeiro segundo, "The Hour of the Avenger" concede uma jornada requintada do death metal, sem concessões, com riffs e melodias excelentes, com ritmo devastador. É assim que o death metal deve soar nos limites da nova década: dinâmico, denso, brutal, preciso, técnico, pesado e muito agressivo, com riffs e solos da velha escola do estilo, com vocais cobertos de sujeira. É um som familiar, mas reformado, fresco... Os vocais de Ralf Hauber são um destaque com seus rosnados profundos com gritos histéricos. Sim, este é um lançamento fenomenal!
A produção também é ótima - o som é nítido, pesado, ousado. Pela primeira vez a banda gravou a bateria e os vocais em diferentes estúdios, enquanto as linhas de guitarra e baixo ainda foram feitas no VAULT M. Studios - de propriedade do guitarrista Maggesson. A mixagem final e o processo de masterização foram gerenciados pelo lendário Dan Swanö (UNISOUND Studios), amigo íntimo da banda.
Algumas das bandas originais que iniciaram o renascimento do OSDM (old school death metal) desapareceram ou mudaram de direção, outras ficaram obsoletas ao se recusarem a evoluir, e as preciosas poucas permaneceram com suas intenções originais e tocaram com suas forças únicas para criar boa música. Com "The Hour Of The Avenger", Revel In Flesh não reescreveu a história extrema nem criou um clássico moderno, mas o que eles fizeram mostra o quanto entendem o gênero desde o seu âmago, espremendo toda a última gota letal do elixir mágico que é death metal. E isso, dada a atual paisagem musical, é um esforço monumental que merece sua atenção.
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