26 junho 2021

HELLOWEEN: retorno revigorante ao clássico power metal



Muitas eram as minhas expectativas para este novo álbum do HELLOWEEN, pois eu assisti ao show da turnê "Punpkins United" por três vezes e as três foram uma festa diferente uma da outra! E quando a banda lançou o single "Skyfall" que gostei logo de cara, ainda mais por ser a volta de peças tão fundamentais como Michael Kiske e principalmente a porra do mestre powermetaleiro chamado Kai Hansen. 

Mas o banquete de abóboras foi servido! 

Quando se pensa em um disco do HELLOWEEN imagina-se, uma introdução celestial, como por exemplo, "Invitation" (do Keepers II) e "Welcome" (do Heading for Tomorrow, álbum do GAMMA RAY), ambas nascidos do cérebro de Hansen, um início orquestral completo como uma Eagle Fly Free ou Beyond the Black Home para iniciar qualquer concerto com os punhos erguidos e deixando a garganta sem voz! Mas, nada disso acontece


E eu acho que a explicação é que esse modelo do HELLOWEEN 2021 tem outro formato, com três guitarras que são as melhores que se ouviam em muito tempo. As canções são poderosas, mais pesadas do que eu esperava, e com a participação de um Kiske no qual o tempo parece não ter cobrado seu preço (impossível não ficar animado com o primeiro verso em "Out of Glory")

Com certeza há muito momentos bantantes empolgantes no disco, como a citada "Out of Glory", "Best Time" (o refrão desta lembra bastante ao de "Exceptional", do UNISONIC), "Rise Without Chains", "Robot King" e "Golden Times".

Um destaque à parte vai para Andi Deris, que ao vivo ficou um pouco apagado ao lado de tal fera e que aqui divide os holofotes com uma "altura" admirável e no seu lugar certo, sem querer se destacar ou ser uma sombra. As performances de Sasha Löble (guitarra) e Dani Gerstner (bateria), os "novatos do do condado", também são devastadoras, um rolo compressor. 

E Hansen... O que dizer do pai da coisa toda? Sem entrar tanto nas vozes, mas para mim há muito mais do GAMMA RAY neste álbum do que do Helloween - o que eu adoro, já que ele levou consigo toda a magia ao se desligar da banda após os Keepers, e é por isso que mencionei os nomes das músicas acima. 

Então, qual a conclusão? 

Este disco com certeza se tornará um clássico. Para muitos será o álbum do ano, mas também será uma merda chata e monótona para uma ninoria. Eu celebro que esses grandes músicos, os pais do estilo, tenham deixado de lado os egos do passado e que tenham se reunido para nos dar um punhado de grandes canções, que para mim, é uma razão mais do que suficiente para fazer 2021 um ano inesquecível. 

Viva as abóboras!!!!


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