Por Diego Porpatto
Após deixarem a NERVOSA há cerca de um ano, Fernanda Lira (baixo/vocal) e Luana Dametto (bateria) uniram-se às guitarristas Sonia Anubis (ex-BURNING WITCHES) e Tainá Bergamaschi (ex-HAGBARD) para dar vida a um novo projeto focado no death metal old school: a CRYPTA. Após longa expectativa, a banda finalmente lançou seu primeiro trabalho, o impressionante Echoes of the Soul.
O álbum entrega um impacto imediato. O videoclipe de “From the Ashes” já sugeria a intensidade do material, e o disco confirma essas expectativas com louvor. A abertura, marcada por uma introdução reminiscente dos anos 1990, dá lugar à esmagadora “Starvation”, faixa poderosa e cheia de nuances, que deixa claro o caminho que a banda pretende seguir.
O repertório transita entre momentos próximos ao thrash e passagens mais densas, sem jamais perder a força e a agressividade. As guitarras se destacam tanto nos riffs quanto nos solos melódicos; a bateria atua como um verdadeiro tanque de guerra, esmagando tudo em seu caminho; e a voz de Fernanda se integra à instrumentação como mais um elemento de peso.
Echoes of the Soul não busca reinventar a roda, mas sim explorar com eficiência a fórmula do death metal clássico. Ainda assim, é possível esperar que a banda se aventure com mais ousadia em futuros lançamentos. Entre os destaques, três faixas se sobressaem: “Blood Stained Heritage”, mais próxima do thrash; “Dark Night of the Soul”, repleta de variações rítmicas; e “From the Ashes”, que instiga o headbanging e a vontade de ouvir o álbum repetidamente.
Em sua estreia, Echoes of the Soul consolida a CRYPTA como uma força promissora no cenário do metal, confirmando que, mesmo após a saída de suas integrantes da NERVOSA, o público não foi deixado de mãos vazias — pelo contrário, ganhou duas grandes bandas para acompanhar.
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