03 setembro 2017

EDU FALASCHI fala sobre a 'Rebirth of Shadows Tour'

Por Julio Feriato

Da esq. p/ dir.: Fabio Laguna (teclado), Diogo Mafra (guitarra), Edu Falaschi (vocal), Raphael Dafras (baixo), Roberto Barros (guitarra) e Aquiles Priester (bateria)

Recentemente Edu Falaschi (Almah) reuniu-se com seus ex-companheiros da época do Angra, o baterista Aquiles Priester (Hangar, Tony Macalpine, Noturnall) e o tecladista Fabio Laguna (Hangar) para encabeçar a “Rebirth of Shadows Tour”, que rodou algumas cidades no Brasil.

Pouco antes desta turnê começar, conversei com Falaschi para saber mais alguns detalhes não somente a turnê, mas também sobre o Almah e sobre sua reaproximação com Aquiles Priester (ambos trocaram algumas farpas após se desligarem do Angra).

Apesar de vários discos gravados com o Almah é nítido o quanto o Angra ainda é importante pra você. Quais são as lembranças mais marcantes que você tem daquela época?
Aquela época ainda é muito importante para os meus fãs, pra mim certamente, claro, mas pra galera aquilo que fizemos no inicio dos anos 2000 está eternizado e é muito simbólico. Tenho muitas lembranças bacanas! Os shows no Japão, no Brasil, etc.

Como surgiu a ideia da “Rebirth of Shadows Tour”?
Surgiu depois de um show que fiz no Peru onde toquei o “Rebirth” na íntegra. Comecei a receber pedidos de shows para cantar Angra e achei que seria uma boa ideia fazer algo mais especial.

O setlist revisita clássicos de quando você era vocalista do Angra. Há chances de também incluir músicas mais ‘lado B’ como “Eyes of Christ”, por exemplo?
Sim, montamos um setlist bem variado e cheio de clássicos, mas também queremos colocar músicas que tocamos pouco ou nem tocamos nas tours com o Angra. A galera pode esperar um setlist bem animal na segunda parte da tour.

Edu, após seu desligamento do Angra você não escondeu suas críticas negativas sobre o Aquiles, mas agora vocês estão juntos nesta tour. Como está sendo voltar a trabalhar ao lado dele?
O passado ficou no passado, hoje estamos focados na música e no presente. Vivemos muitas coisas juntos, boas e ruins, mas, pra mim, nada impede que as pessoas se reaproximem; pelo menos eu sou assim, me permito não viver com remorso e seguir em frente. Às vezes é possível e às vezes não, mas eu pelo menos tento.

E como está atualmente o Almah? Há menos de 1 ano Vocês lançaram o “E.V.O.” e ele foi muito bem aceito tanto pela crítica quanto pelos fãs. Não seria cedo dar essa “pausa” na divulgação do disco?
Na verdade não foi uma pausa programada, em breve faremos mais alguns shows, enfim… Faremos o que for viável!

Uma vez no programa Heavy Nation foi lhe perguntado se algum dia você gravaria algo mais voltado à sua personalidade, ou seja, ao Edu fã de Iron Maiden, Dio, Judas Priest, Queensrÿche, sem preocupações com tendências de mercado. Na época você respondeu que o Almah era um conjunto de influências de todos os membros e por isso algo assim não rolaria. Atualmente não há planos de um álbum solo nessa linha?
No momento não!

Você tem fama de sempre tratar bem os seus fãs, mas como ser-humano deve ter momentos em que você não está muito no ‘clima’. Já rolou alguma situação chata desse tipo? Como manter a simpatia nessas horas?
Eu, na real, procuro tratar qualquer pessoa bem, isso é o mínimo do mínimo, todos merecem respeito, porque eu exijo respeito também, se algum dia deixei alguém triste, certamente não foi intencional.

Há chances da “Rebirth of Shadows Tour” se extender para mais datas em outros cantos do país?
Sim, voltaremos em Dezembro de 2017 e Janeiro de 2018 no Brasil e shows internacionais estão sendo negociados para 2018. 


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