Por Julio Feriato / Fotos: divulgação
Na estrada desde o inicio dos anos 2000, a Shadowside sempre foi uma banda focada no profissionalismo, uma característica muito bem refletida em seus três álbuns de estúdio: “Theatre of Shadows” (2005), “Dare to Dream” (2009) e o excelente “Inner Monster Out” (2011, gravado na Suécia com produção do renomado Fredrik Nordström, que já trampou com In Flames, Dimmu Borgir, Soilwork e mais uma penca de bandas suecas que você gosta).
Conversei com Dani Nolden para saber mais detalhes do novo traballho, sobre a inclusão do baixista Magnus Rosén (ex-Hammerfall) como mais novo membro do grupo e sobre a participação do guitarrista Andy LaRocque. Ei-la.
Dani Nolden |
Dani, na ultima vez que conversamos vocês tinham acabado de voltar de uma turnê europeia ao lado do Helloween e Gamma Ray. Como foi tocar com grandes ídolos e quais as melhores lembranças dessa tour?
Nós nunca tivemos uma experiência ruim como banda de abertura, e com o Helloween e Gamma Ray, todos sempre nos perguntavam como havia sido o show, se o público estava legal, se estávamos curtindo a turnê, se precisávamos de alguma coisa. A admiração que nós tínhamos pelas bandas só aumentou, pois quando éramos crianças eles já eram rockstars, porém ainda assim fomos tratados como iguais por eles o tempo todo.
Os shows em si foram simplesmente incríveis! Nós já havíamos estado em alguns países como Polônia e Espanha, que sempre são maravilhosos e não foi diferente dessa vez, mas visitamos alguns lugares em que nunca havíamos tocado antes, como Paris, onde tivemos a oportunidade de ser a primeira banda de Metal brasileira a pisar no Olympia, uma casa lendária fundada em 1888. O público nos recebeu de forma muito calorosa, empolgados, gritando o nome da banda em alguns lugares.
Quando o público grita o nome da banda de abertura, é sinal de que alguma coisa funcionou (risos).
“Inner Monster Out” foi lançado em 2011 e conseguiu uma bela repercussão mundo afora. Mas em termos de Brasil, como você avalia a repercussão por aqui?
Eu achei excelente e fiquei muito feliz, especialmente porque o “Inner Monster Out” foi um álbum baseado no nosso gosto e nada mais. Foi um risco, um instinto, que acabou se tornando o mais bem-sucedido da banda até hoje, tanto aqui quanto lá fora. É o nosso álbum mais vendido e o que menos fizemos pra vender (risos). Ele originou a nossa maior turnê, também tanto no Brasil quanto no exterior: foram 20 datas só no Brasil e 36 lá fora.
Os fãs se envolveram muito na divulgação do álbum, todo o trabalho de lançamento do “Inner Monster Out” foi um esforço conjunto maravilhoso. A promoção do disco foi feita praticamente pelo ‘street team’, pela galera que realmente gosta da banda, pois muita gente chegou até nós por causa de amigos.
Acho que os fãs ficaram tão empolgados com o resultado do trabalho quanto a gente e isso acabou gerando um entusiasmo que contagiou a todos. Foi algo realmente especial.
Recentemente o baixista sueco Magnus Rosén (ex-Hammerfall) foi anunciado como mais novo membro da banda. Isso é algo definitivo ou será somente durante as gravações do novo trabalho?
É definitivo. Magnus é um membro da banda agora. A aproximação inicial tinha como objetivo chamá-lo só para as gravações, mas depois de algumas conversas, ficou claro que ele era o cara certo e fizemos o convite.
Magnus Rosén |
Ele tem fama de ser um artista muito perfeccionista. Como está sendo trabalhar com ele? Ele está ajudando a compor novas músicas?
Sim! Ele está participando das composições, dando opiniões, trazendo as músicas dele, trabalhando conosco como banda, exatamente como sempre fizemos. Está fluindo tudo muito bem! Esse perfeccionismo é algo fundamental para a Shadowside porque mesmo sendo um baixista extremamente técnico, ele entende melhor que ninguém como é essencial que a “estrela” seja a música, e não nós músicos individualmente, mas que isso não significa que a banda não precisa ser sólida.
Ele é bastante preocupado com entender todos os detalhes, nunca é desleixado com coisas aparentemente fáceis, e isso é algo muito importante pra nós. Nossa música é simples, direta, sem arranjos ou estruturas complicadas, mas tocar isso com precisão é essencial. Eu considero o Magnus um dos melhores baixistas do mundo, não só pela qualidade técnica dele, mas porque ele tem essa sensibilidade em saber o que a música pede.
A composição está fluindo de uma maneira muito divertida, tranquila e estamos ainda mais empolgados com o resultado até agora do que estávamos com o “Inner Monster Out”.
Foi noticiado que o guitarrista Andy LaRocque (King Diamond) também está contribuindo neste novo álbum. O que exatamente ele tem feito?
Ele é amigo do Magnus e eles tinham algumas composições juntos que nunca haviam lançado. Como demos liberdade ao Magnus para compor, ele nos ofereceu essas músicas porque achou que tinham a nossa cara – e realmente tinham! Então ele já chegou contribuindo com um material muito legal e vamos ter a honra de ter algumas composições no álbum com a participação do Andy La Rocque como um dos autores!
Devido ao novo lineup e as participações certamente podemos esperar por um grande álbum! Qual a previsão de lançamento?
Ainda não temos uma previsão de lançamento. A gravação será em junho em Gotemburgo, Suécia, novamente com a produção do Fredrik Nordström. A data de lançamento ainda está em aberto, mas eu acredito que deve ser final deste ano, início de 2017.
Dani, obrigado pela entrevista!
Muito obrigada pelo apoio e pelo espaço do Heavy Nation, e muito obrigada aos fãs pela paciência e empolgação que eles têm tido conosco! Estamos muito ansiosos para gravar e lançar este novo cd; e o fato de vocês estarem constantemente nos dizendo como estão aguardando por esse material nos deixa ainda mais animados. Vai ser bem pesado, e, como o próprio Fredrik disse, é um passo acima com relação ao “Inner Monster Out”. Fiquem ligados!
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